Por Claudio Passos
Descrever a emoção de ter conhecido o Parque São Jorge numa noite de jogo da seleção brasileira masculina de basquete, é impossível. Primeiro, o desafio de sair de Perdões, às 17 horas, com previsão de tempestade numa estrada nada amigável como a Fernão Dias. Segundo, entrar em Sampa numa Sexta, às 18 horas, hora de pico do congestionamento, ao lado da Marginal Tietê. Terceiro, encarar um dia de rodízio com meu carro arriscando uma multa de R$ 130,00 e 4 pontos na carteira. Tudo isso virou Pó quando a paixão entra em cena. Todo corintiano sonha em conhecer o parque São Jorge, confesso que não sei porque não fizemos isso quando criança. Pude realizar esse sonho aos 67 anos ao lado do meu filho e seu amigo.
Chegamos no Parque São Jorge às 18:30 hs, fizemos um viagem super tranquila sem uma gota de chuva. A chegada pela Av. Aricanduva, continuação da F. Dias, ajudou a chegar no Parque. Outro desafio era estacionar o carro na rua, próximo do parque. Estacionamos em frente ao Parque. Entramos no Ginásio, nos acomodamos e o jogo começou em 10 minutos. Até aqui, melhor impossível. Pegamos uma ligeira chuvinha na fila para entrar no Ginásio. O Ginásio é majestoso, no alto um quadro da camisa do Corinthians de Basquete escrito, WLAMIR MARQUES, BI CAMPEÃO MUNDIAL, nº 5. Aquele que jogou no Corinthians a vida inteira, esteve na seleção brasileira na campanha de 1959 e 1963, sagrando-se Bi Campeão Mundial de Basquete Masculino!
O jogo foi um passeio da seleção brasileira, venceu com 65 pontos de diferença a fraca seleção do Paraguai. Nem seria necessário o segundo jogo, em Assunção, na próxima segunda para avançar da AmericaCup. Parece que esse torneio é classificatório para as Olimpíadas de Paris, este ano.
Terminado o jogo, saímos do Ginásio em busca de um lanche e um cerveja. Sentamos num dos bares do Parque, com um conjunto de samba, muito bom, com a formação clássica: violão, cavaquinho, pandeiro e um Surdão de balançar o coração. Cantamos alguns sambas, saboreamos um delicioso lanche e matamos a sede com 2 garrafas de Original!
Saímos desse bar/restaurante e fomos dar um rolê pelo Parque. Nesse rolezinho, acidentalmente, passamos por uma alameda com os Troféus mais importantes do nosso Futebol, o BI MUNDIAL, a LIBERTADORES e a RECOPA, registrado em fotos. Saímos no Parque por volta de 22 horas e ainda tínhamos pela frente o quarto e último desafio da noite, voltar para casa com previsão de Tempestade pelo caminho.
Nesse ínterim, a Yumi me informava da forte chuva que caia em Perdões. Ela ficou sem Luz ente 19:30 e 21:30. Nos alertava da chance de Tempestade na F. Dias e já avistava pelo Google problemas de trânsito no caminho. Nessas condições, resolvemos encarar o último desafio da noite. Não sabemos se choveu enquanto estávamos no Ginásio, fato é que chegamos no carro e entramos na F. Dias, SEM CHUVA!
Sair do Parque e entrar da F. Dias não levou 10 minutos pela Av. Aricanduva, sem trânsito. O horizonte noturno era assustador, nuvens carregadas com rajadas de raios se formavam na nossa frente. Preparei os meninos que iríamos enfrentar fortes chuvas no caminho. O Kenzo assumiu o controle do Spotfiy e jogou um grupo chamado AfroMen, um Reggae retado de bom. Como disse o Dominguinhos, numa pergunta que fez ao Gil: “que som é esse, Gil? Isso é Reggae, Dominguinhos! Ah….,isso é um Shotiizinho sem vergonha….ahahaha!
Voltando para a estrada, eu rezava para que eu chegasse até o túnel sem chuva. Passou o túnel, passou o Graal e a chuva não vinha. Passado o Bairro do Portão, restando mais uns 15 Km de F. Dias, o trânsito parou. Ficamos uns 15 – 20 minutos nesse trânsito quando resolvi sair pela Lucas Nogueira Garcez, numa saída pelo Frango Assado. Deixamos o Poloni em casa e chegamos na nossa, às 23:30. Tudo isso SEM CHUVA!!
E assim terminamos uma noite Mágica onde todos nos sentimos mais CORINTIANOS do que já éramos, se isso for possível. Conhecemos perto de 20% do Parque São Jorge. Ficou o compromisso de voltarmos para conhecer 100%.
