A Rota da Boa Esperança
O artigo anterior desta coluna tratou do que chamei de “destino planetário do Brasil”.
Extravagante, mas fez sucesso. Vale a pena, talvez, insistir no tema. O brasileiro está
precisando de alento. O artigo foi meio delirante, eu sei. É o que tende mesmo a acontecer –
quando alguém sonha sozinho, o sonho pode degenerar em delírio. Mas quando muitos
sonham juntos, ah, aí o delírio pode virar realidade. E, convenhamos, o nosso futuro está logo
ali.
Lula, o abalo do governo militar e a restauração democrática
A entrada do Lula na cena política depois da anulação das condenações ilegais da Lava Jato [10/3] acelerou enormemente a conjuntura. Com o reconhecimento da suspeição do Moro [23/3], Lula ficou politicamente ainda mais forte. Ele enfim venceu a guerra narrativa sobre a verdade dos acontecimentos que geraram a catástrofe que o Brasil hoje vive.
Brasileiro não pode ser premiado
Nelson Rodrigues já dizia que o brasileiro é um pobre e indefeso ser, um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. O brasileiro ostenta tranquilidade, gosta de celebrar, cultiva a alegria. É a sua superfície. Mas essa superfície festiva mal esconde um lado triste, sombrio, soturno. Eis a verdade: o brasileiro carrega na carne e na alma séculos de decepções e humilhações. O povo, enraizado na escravidão; a elite, enraizada na subserviência colonial.
Que se compreenda de uma vez por todas: Bolsonaro não ama Israel nem os judeus. Bolsonaro ama Netanyahu (e Trump)
Após um ano e meio de desgoverno, praticamente todos os dias pessoas ainda vêm a mim com as mesmas perguntas: “Por que Bolsonaro ama tanto Israel?” ou “Ele é muito amigo de Israel, não?” ou, ainda pior, “Ele é muito amigo dos judeus, hein?”. E fora perguntas educadas, há também sempre comentários antissemitas em meus textos ou lives, do tipo: “Bolsonaro e Israel são tudo a mesma coisa!” ou “Os judeus amam Bolsonaro porque ele apoia a opressão em Israel.”
Desgovernado, Brasil não terá retomada econômica
O economista Paulo Kliass fala de um país sem governo, sem ministro da Saúde em meio à pandemia e com um ministro da economia que representa o liberalismo à antiga, defendendo a privatização de praticamente todo o setor público. Em meio a tudo isso o único interesse do presidente é garantir a sua reeleição em 2022.
Uma sociedade justa é o que nós desejamos.
Basicamente não poderíamos deixar de falar do COVID-19, dessa Pandemia que está assolando toda humanidade. Gostaria de refletir sobre isso, estabelecer alguns pontos de comparação entre a sociedade brasileira e a portuguesa. Isso será evidentemente uma reflexão conjuntural, mas necessariamente, quando mergulhados na realidade dos dois países, estaremos enfrentando uma questão estrutural.
Brasil, Israel, Alemanha e USA: Pandemia e Política com Jean Goldenbaum.
Boaventura Sousa Santos: o mais urgente no Brasil é afastar Bolsonaro
Portal Resistentes no ar
Mudou tudo
A classe trabalhadora pode e deve arrastar a maioria. Ela tem a força social para abrir o caminho e derrubar o governo. O Brasil e o mundo estão em uma situação de máxima emergência provocada pela pandemia que não permite nenhum paralelo com nada que já vivemos. Estamos em um contexto muito semelhante ao de […]