Por Lejeune Mirhan
Queridos/as camaradas, boa noite! Em mais algumas horas estamos chamados à irmos às ruas neste domingo, dia 15/11, para elegermos vereadores e prefeitos. Foram registrados 537.656 candidaturas, 8,1% a mais do que em 2016. Dessas, 19.348 pessoas concorrem às 5.568 vagas de prefeitos e 518.328 concorrem à 58.208 vagas nas câmaras municipais. Desse total 357.003 (66,4%) são homens e 179.577 (33,4%) são mulheres.
Todos/as vocês sabem que sou comunistas – e daqueles bem antigos e bem convictos. Já pedi meu voto para nossa candidata à prefeita em Campinas – Drª Alessandra Ribeiro, nº 65 – e para vereador – Prof. Dr. José Ricardo Figueiredo (Unicamp), número 65.444.
Este meu artigo neste último dia antes do grande pleito deste domingo, 15 de novembro, quero tratar de um assunto pouco falado. Sei da imensa apatia do eleitorado e da imensa abstenção que teremos amanhã, maior do que as anteriores em função da pandemia. Publiquei isso em artigo há vários meses.
Meu objetivo aqui não é convencê-lo a comparecer para votar. Sua consciência é que determinará isso. Pelo menos 40% dos/as eleitores/as que está decidido a comparecer e escolher um/a candidato/a (falo de quem não anulará ou votará branco), ainda não se definiu em quem votará.
Desde as eleições de 1996 a urna eletrônica começou a ser usada em uma parte do país, sendo que a partir de 2006 a informatização completaria cem por cento do eleitorado. Não há país no mundo que tenha seus sistema de apuração de votos totalmente informatizado e de forma mais segura que o nosso. Mas, também não é sobre votação eletrônica que quero falar.
Desde a adoção do voto eletrônico, os e as candidatas são identificadas/os por um número. Quase não se faz mais propaganda dos partidos políticos. A grande maioria dos/as candidatos/as até esconde o partido, na medida que a nossa cultura política – infelizmente – é mais pelo voto na pessoa do que no partido.
Durante o pouco tempo que tivemos para fazer campanha eleitoral, as pessoas receberam “santinhos” dos e das candidatas com uma verdadeira sopa de letrinhas. Ninguém sabe o significado daqueles números. Quando um ou uma candidata mostra apenas dois números, a candidatura refere-se ao cargo de prefeito/a. Quando mostram-se cinco números, essa pessoa/candidata disputa uma vaga de vereador/a.
As eleições deste domingo precisam ser – ou deveriam ser – plebiscitárias. Isso porque seu caráter deve ser para dar uma resposta a tudo de ruim que o nosso Brasil vem vivendo desde janeiro de 2019 quando tomou posse, depois da monumental fraude e estelionato eleitoral da nossa história em 2018 – essa figura abjeta que todos os dias fala as maiores mentiras e besteiras que já se viu em nossa história.
Regra geral, deveríamos votar em candidatos/as que realmente defendem o Brasil e sua soberania, defendem o povo, os trabalhadores em especial e o patrimônio nacional. Mas, como saber quem são essas pessoas e de quais partidos?
É bem verdade que em nosso Brasil as/os eleitoras/es votam em pessoas e não em programas. Mas, estas eleições, ainda que municipais, deveriam ter um caráter nacional. O povo deveria deixar claro nas urnas o seu repúdio a tudo de ruim que fizeram conosco desde 2015 (pautas bombas no Congresso), 2016 (golpe contra Dilma), 2017 (entrega do pré-sal e prisão de Lula), 2018 (eleição do neofascista e seus militares), 2019 (reforma para pior da nossa aposentadoria), 2020 (perda de direitos e privatizações) e tantos outros males.
Assim, eu vos peço, meu e minha amiga, seja recente ou antigo, seja próximo ou distante (desculpem as letras maiúsculas):
NÃO VOTE EM CANDIDATOS E PARTIDOS DE DIREITA!!!
Mas, a pergunta que você pode me fazer em seguida é: como saber quando um partido é de direita pelo número?
Nesse sentido, tento a seguir prestar um serviço à essa luta. Os nossos partidos não são partidos nacionais (à honrosa exceção do PCdoB e do PT e uns poucos mais). Os partidos e suas direções são um conglomerado, um ajuntamento de lideranças locais e regionais, que buscam, essencialmente, seus interesses pessoais e eleitorais, mas jamais do nosso povo.
Estudos comprovam que uma pessoa em uma campanha é abordada por pelo menos sete candidatos à vereador/a (quando de eleição municipal). Você que me lê deve ter recebido nos últimos 45 dias inúmeros folhetos, jornais, “santinhos” de dezenas de candidatos/as. Que têm uma foto grande e um número e o cargo a que concorre.
Por mais que essas pessoas possam ser “gente boa” e até seu “amigo de infância” ou ainda até seu “parente”, a pergunta que fica é: por que essa pessoas escolheu justamente um partido de direita, que deu o golpe na presidente Dilma, prendeu o presidente Lula, tirou seus direitos, entregou nossas riquezas ao estrangeiro, arrebentou com nossa previdência e privatizou nossas empresas? Não é possível votar em uma pessoa dessas em hipótese alguma. Essa pessoa jamais será “gente boa” ou “gente de bem” (sic).
Por isso a campanha que faço, ainda que tardia e em cima da hora é para que não se votem em partidos de direita e extrema direita ou ditos de centro (que não existem). A seguir pulico uma lista com os números desses partidos de direita e extrema direita existentes no país, em ordem crescente.
Nem me dou ao trabalho de publicar o nome dessas legendas traidoras do povo. Por isso, anote esses números e depois vá ver se o papel do candidato que você pensava em votar é de uma dessas siglas. Se for, meus amigos e minhas amigas, repudie nas urnas essa pessoa seja ela quem for e não dê seu voto para ela (você poderá dizer sim, que votou nela; essa mentirinha venial não te jogará no fogo eterno do inferno).
Os partidos de direita e extrema direita em nosso Brasil têm os seguinte números: 10; 11; 14; 15; 17; 19; 20; 22; 23; 25; 27; 28; 30; 33; 36; 36; 45; 51; 55; 70; 77 e 90.
Nosso Brasil tem 33 partidos legalizados e esses números aí listados correspondem a dois terços de todos os partidos, ou seja, 22 partidos. De forma que outros 11 são partidos que variam em seu espectro político e ideológico de centro para a esquerda, cuja terminologia melhor a usarmos seria “partidos do campo popular, progressista e patrióticos”.
Os principais entre eles são: PCdoB, PT, PSOL, PSB e PDT, que têm os números começados respectivamente com 65, 13, 50, 40 e 12 (outras legendas do nosso campo progressista são PCB, 19;, PCO, 29; PSTU, 16; REDE, 18 e UP, 80.
Esta é a minha mensagem nesta véspera de uma eleição onde estão inscritos 147 milhões de pessoas aptas a votar (mas deveremos ter entre abstenções, brancos e nulos um contingente de votos validos entre 90 e cem milhões apenas).
Fica o meu recado. Desejo um bom voto de protesto nas urnas a você meu e minha amiga. Não vacile. Não se equivoque. Diga NÃO à direita. Diga SIM ao Brasil e ao nosso povo.