O Governante não está sendo bem assessorado no Rio de Janeiro. Que falta faz uma pasta de formulação, planejamento e gestão de segurança pública, extinta pelo impichado Witzel. Criar uma premiação policial específica para apreensão de fuzis é reproduzir um erro antigo, que é sempre requentado no Rio, desde o desastre da premiação “FAROESTE” criada em 1995, 28 anos atrás. E que não deu certo porque serviu para alimentar o próprio mercado criminoso de armas pesadas turbinado pela facilitação de acesso as armas, promovida pelo governo Bolsonaro. Hoje o crime organizado atua, no RJ, RN e em todo o Brasil, até com arma legalizada. Eles matam e extorquem com nota fiscal.
Premiar somente apreensão de fuzis favorece a panela que tem QI dentro das polícias e que só vai naquela ocorrência boa que agrada político. Os outros policiais, que todo dia suam a farda para fazer repressão qualificada, que atendem a demanda da população ficam de fora da gincana do “mais fuzil”, porque fuzil, uma arma cara e estratégica para o crime, não é chuchu de feira que tem de sobra por aí para cada policial pegar o seu e ganhar um troco
É preciso esclarecer que nenhuma polícia, em nenhum lugar, consegue manter saldos operacionais crescentes e constantes. Isto porque as apreensões dão prejuízo ao crime, gerando escassez de recursos criminosos nos curto e médio prazos. Como diz o ditado: dia de muita apreensão, véspera de pouca atuação criminosa. A polícia não pode ser punida amanhã pelo seu sucesso na apreensão feita no hoje.
Para a polícia seguir apreendendo fuzil sem parar, e para que todo policial possa ter chance de ganhar um dinheiro a mais, só negociando com o crime organizado um “forjado” ou um “kit sucesso”. Nas melhores polícias internacionais, a pressão para manter taxas altas de apreensão de artigos criminosos valiosos chamado de “produtivismo policial”, levou ao aumento da corrupção com acordos com a bandidagem e o barateamento da vida policial com operações malfeitas para fazer estatística para governante, por exemplo, apreendendo a mesma arma várias vezes. E no Rio não tem sido diferente, nestes 28 anos de mais do mesmo de apreensão de fuzil.
Já passou da hora da gente aprender com os nossos erros e acertos. Desde 1999, criamos as Áreas Integradas de Segurança Pública e um sistema de avaliação compatível com a realidade do trabalho policial integrado e descentralizado em cada parte do Estado. O sistema de metas produziu bons resultados até ser desmontado por dentro. Já passou da hora da gente parar de reinventar roda quadrada na segurança pública do Rio de Janeiro.
Uma resposta
Sou contra arma livre …tem que desarma o mundo