Acordos internacionais – armadilhas para um futuro governo brasileiro

O Brasil participa atualmente de duas negociações econômicas de importância estratégica – importância muito mais negativa do que positiva, como vou explicar. Refiro-me ao acordo Mercosul/União Europeia e à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As duas remontam ao governo Temer, que decidiu pleitear o ingresso na OCDE e retomar negociações antigas com a União Europeia. Foram levadas adiante pelo governo Bolsonaro, mas estão basicamente paralisadas, por obra das suas políticas climáticas. Dificilmente serão concluídas enquanto o governo não for substituído ou não mudar suas políticas nessa área (e a primeira hipótese parece mais fácil do que segunda!).

China, Bolsonaro, vacinas

Como entender, se é que isso é possível, o imbróglio China/Bolsonaro
/vacinas. Os chineses estão, de fato, retaliando e colocando vidas brasileiras em risco? Que lições tirar dessa crise?

O Estadão deu algumas bolas fora

Comentário sobre editorial do jornal “Estado de São Paulo” que comete uma série de erros e injustiças ao protestar contra a volta de Lula como líder nas intenções de voto.

Promessas e desafios do novo governo dos Estados Unidos

Promessas e desafios do novo governo dos Estados Unidos

Em que sentido se pode dizer que o Joe Biden representa uma ruptura, ou pelo menos uma descontinuidade, na história e na vida político-econômica americanas? Antecipando em três ou quatro frases o argumento que pretendo desenvolver aqui, diria que a descontinuidade parece maior no plano doméstico do que no plano internacional. No plano interno, a descontinuidade é realmente imensa – o que se tem é uma mistura de hiperkeynesianismo com social-democracia (no sentido europeu) – uma ruptura em relação às tradições americanas, especialmente dos últimos 40 anos. No plano internacional, o que Biden propõe é, essencialmente, um retorno ao padrão pré-Trump, guardando do seu antecessor certos objetivos, mas não os métodos. Se tudo der certo para Biden, o governo Trump aparecerá como um desvio, infeliz, pouco inteligente, que enfraqueceu os Estados Unidos.

BIDEN BOTOU PRA QUEBRAR

Biden botou pra quebrar

Comentário sobre o discurso de 100 dias do presidente dos EUA. Como interpretar? O que as palavras de Biden podem significar para países como o Brasil? Destaco a proposta de tributar os súper-ricos e as grandes corporações nos EUA.

Hora de partir para a jugular!

Há cerca de um mês, escrevi aqui nesta coluna que o governo Bolsonaro estava nas cordas e poderia até cair. Alguns acharam que era delírio e que eu confundia a realidade com meus desejos. Em outras palavras, acusaram-me de wishful thinking, como se diz em inglês.

Governo nas cordas

Que mês, leitor, acabamos de vivenciar! Março de 2021 entrou para a história brasileira. Não me recordo de termos passado por um mês tão agitado em termos sociais, econômicos e políticos. O mais impressionante, claro, foi o agravamento alarmante, para não dizer aterrorizador, da crise de saúde pública associada à Covid-19. Não preciso descrever o quadro, que é de conhecimento geral.

O retorno de Lula

A política é um deserto de profetas. Foi impressionante e totalmente inesperada a reviravolta do quadro nacional neste mês de março, confirmando uma vez mais como é difícil, a rigor impossível, fazer previsões em matéria política. A reviravolta, como se sabe, foi produzida por três acontecimentos encadeados. Primeiro, a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as sentenças contra o ex-presidente Lula.

A emergência é social, não fiscal

A sociedade brasileira sofre degradação profunda e generalizada. O processo segue em passo acelerado, sem dar sinais de que será contido. E, verdade seja dita, não chegamos nem perto do fundo do poço. Está em crise o Brasil, está em crise a civilização brasileira. E qualquer civilização cabe nos abismos da História.

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