Lula lá
Vamos sonhar um pouco hoje? Suponha, leitor, que Lula vencerá as eleições e começará um novo governo em janeiro de 2023. Não sou petista nem lulista, devo mencionar, tive ao longo das últimas décadas divergências com o PT e seu principal líder – e as expressei publicamente em diversos momentos, às vezes de forma enfática. Mas parece claro que Lula é hoje, de novo, a melhor opção para o Brasil dentre as que temos.
A economia favorece a reeleição?
Há pouco mais de um mês, publiquei aqui um artigo com título dramático: “Hora de partir para a jugular!” . Argumentei que Bolsonaro vive seu pior momento, mas pode se recuperar e disputar com grande chance a reeleição. E que cabe, portanto, derrubá-lo agora, na sua fase de maior fraqueza. Desde que o artigo foi publicado, as possibilidades de recuperação do governo ficaram mais evidentes. Já não vejo quase ninguém se animando a dizer, como muitos antes diziam, que o presidente nem chega ao segundo turno das eleições do ano que vem. Isso é uma pena, claro, mas temos que ser realistas. Quero retomar a discussão hoje, concentrando-me nos aspectos econômicos, sem repetir os argumentos do artigo anterior.
Acordos internacionais – armadilhas para um futuro governo brasileiro
O Brasil participa atualmente de duas negociações econômicas de importância estratégica – importância muito mais negativa do que positiva, como vou explicar. Refiro-me ao acordo Mercosul/União Europeia e à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As duas remontam ao governo Temer, que decidiu pleitear o ingresso na OCDE e retomar negociações antigas com a União Europeia. Foram levadas adiante pelo governo Bolsonaro, mas estão basicamente paralisadas, por obra das suas políticas climáticas. Dificilmente serão concluídas enquanto o governo não for substituído ou não mudar suas políticas nessa área (e a primeira hipótese parece mais fácil do que segunda!).
China, Bolsonaro, vacinas
Como entender, se é que isso é possível, o imbróglio China/Bolsonaro
/vacinas. Os chineses estão, de fato, retaliando e colocando vidas brasileiras em risco? Que lições tirar dessa crise?
O Estadão deu algumas bolas fora
Comentário sobre editorial do jornal “Estado de São Paulo” que comete uma série de erros e injustiças ao protestar contra a volta de Lula como líder nas intenções de voto.
Promessas e desafios do novo governo dos Estados Unidos
Em que sentido se pode dizer que o Joe Biden representa uma ruptura, ou pelo menos uma descontinuidade, na história e na vida político-econômica americanas? Antecipando em três ou quatro frases o argumento que pretendo desenvolver aqui, diria que a descontinuidade parece maior no plano doméstico do que no plano internacional. No plano interno, a descontinuidade é realmente imensa – o que se tem é uma mistura de hiperkeynesianismo com social-democracia (no sentido europeu) – uma ruptura em relação às tradições americanas, especialmente dos últimos 40 anos. No plano internacional, o que Biden propõe é, essencialmente, um retorno ao padrão pré-Trump, guardando do seu antecessor certos objetivos, mas não os métodos. Se tudo der certo para Biden, o governo Trump aparecerá como um desvio, infeliz, pouco inteligente, que enfraqueceu os Estados Unidos.
BIDEN BOTOU PRA QUEBRAR
Comentário sobre o discurso de 100 dias do presidente dos EUA. Como interpretar? O que as palavras de Biden podem significar para países como o Brasil? Destaco a proposta de tributar os súper-ricos e as grandes corporações nos EUA.
Hora de partir para a jugular!
Há cerca de um mês, escrevi aqui nesta coluna que o governo Bolsonaro estava nas cordas e poderia até cair. Alguns acharam que era delírio e que eu confundia a realidade com meus desejos. Em outras palavras, acusaram-me de wishful thinking, como se diz em inglês.
A arte salva – crônica sobre um poeta alemão
“A língua alemã é uma pátria mesmo para aqueles a quem a tolice e a maldade negam uma pátria.” (Heinrich Heine)
Governo nas cordas
Que mês, leitor, acabamos de vivenciar! Março de 2021 entrou para a história brasileira. Não me recordo de termos passado por um mês tão agitado em termos sociais, econômicos e políticos. O mais impressionante, claro, foi o agravamento alarmante, para não dizer aterrorizador, da crise de saúde pública associada à Covid-19. Não preciso descrever o quadro, que é de conhecimento geral.