Livro de cabeceira (nova definição)
Tenho escrito, em 2020, exclusivamente sobre temas de ordem pública, nacionais ou internacionais, econômicos e não-econômicos. Acredito que conquistei o direito de voltar a ser hoje um pouco mais pessoal. Pode ser? O leitor ou leitora não tem como, de certo, responder diretamente, mas pode parar de ler aqui. Espero que não o faça, e prossigo.
Os vira-latas e a questão ambiental
Quero tratar hoje de um tema de vital importância: a agenda ambiental. O Brasil tem
tudo para desempenhar papel de liderança nesse tema, como fez aliás em períodos anteriores.
No atual governo, porém, o nosso país tem se destacado por sua postura anticientífica e
negacionista. No tema ambiental, assim como na pandemia. Ficamos isolados e fomos
transformados em párias internacionais, inclusive nesse tema que é objeto de atenção
crescente no mundo inteiro.
Paulo Guedes, coautor do desastre
O presidente Bolsonaro sofre rejeição e críticas crescentes. Curiosamente, a área econômica do seu governo nem tanto. Pode até escapar de um eventual naufrágio. Para alguns setores influentes (nem preciso dizer quem são), tudo se passa como se o ministro da Economia e sua equipe estivessem em uma esfera à parte e precisassem ser preservados de alguma maneira. Mas é uma ginástica e tanto. Bolsonaro e Guedes são dois lados da mesma moeda.
Sobre a polêmica proposta de uma frente ampla
“Só tenho um objetivo, a destruição de Hitler, e isso simplifica minha vida consideravelmente. Se Hitler invadisse o inferno, eu faria pelo menos uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns”. Winston Churchill disse essas frases a propósito da aliança com Stalin e a União Soviética – aliança que repugnava a muitos integrantes da classe dirigente britânica. Lembrei-me delas a propósito da nossa situação no Brasil hoje.
Risco de estrangulamento cambial?
Acostumado que está com notícias ruins e mesmo péssimas, o brasileiro já não se surpreende com mais nada. Uma nova quebra do país, provocada por estrangulamento cambial, seria mais um de tantos desastres dos anos recentes.
O risco existe. O Brasil vendeu um volume considerável de reservas internacionais desde meados de 2019, cerca de US$ 50 bilhões. Apesar disso, não conseguiu evitar acentuada depreciação do real.
Geopolítica da crise mundial: declínio da hegemonia americana e ascensão chinesa
“Quando a China despertar o mundo inteiro tremerá”. Profecia atribuída a Napoleão Bonaparte Que consequências a crise do coronavírus terá para o quadro geopolítico, em especial para as posições dos Estados Unidos e da China? Eis aí uma questão obscura e repleta de incertezas, mas isso não é motivo para ignorá-la. Afinal, questões essenciais são […]
O pior vira-lata da história
Vou me arriscar no campo pantanoso da política outra vez. Começo com a pergunta que está na cabeça de todos: Bolsonaro tem futuro? Questão crucial, pois quase equivale a perguntar: o Brasil tem futuro? É inegável que a crise do coronavírus e, em especial, a incapacidade do governo de lidar com ela provocaram imenso desgaste. […]
Macroeconomia na crise de 2020: dívida pública, política monetária e bancos privados
O debate econômico no Brasil mudou muito nos meses recentes, mas ainda está engatinhando em face da dimensão avassaladora da crise. Logo nos primeiros momentos, estabeleceu-se virtual unanimidade quanto à urgência de uma rápida e substancial ampliação do gasto público. “Somos todos keynesianos agora”, repetiu-se urbi et orbi. Ora, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade […]
“Não faz sentido buscar embates com a China”, diz economista Paulo Nogueira Batista Júnior
O economista Paulo Nogueira Batista Júnior classifica como “alucinados” os ataques de autoridades brasileiras à potência oriental e lembra: ”Os EUA e alguns países europeus podem sair muito machucados da crise. Aumentaram as chances de que o século 21 venha a ser o século da China” Artigo de Bertha Maakaroun O que está por vir […]
Bolsonaro em declínio terminal?
A dupla crise da saúde pública e da economia pode vir a ser devastadora. A pandemia não está sob controle. A recessão é inevitável a esta altura, no Brasil e em grande parte da economia mundial. A questão é se será possível evitar uma grande depressão, como a que ocorreu na década de 1930. E, […]