Diante da Chacina, de novo?

Chacina

Por Jacqueline Muniz e Domício Proença Júnior A pronta ação do Estado não é o bastante para reverter a expectativa de impunidade, resgatar a credibilidade policial ou impedir que outra tragédia assim aconteça. Porque as causas da chacina permanecem. O descontrole das ações da polícia e de policiais tem uma componente estrutural, que tem que […]

7 DE SETEMBRO ESCULACHADO? SÓ SE O(A) GOVERNADOR(A) QUISER!

7 DE SETEMBRO ESCULACHADO? SÓ SE O(A) GOVERNADOR(A) QUISER!

Se a sondagem do Jornal o Globo estiver correta com 3 a cada 10 PMs interessados em ir a manifestações, o que tende de fato a acontecer é um cenário bem diferente. Na prática tem-se 4 PMs a cada 10PMs fardados fazendo policiamento ostensivo por turno de 8 horas/dia no Estado. Isto significa que, contado as escalas de trabalho, a maior parte do efetivo estará trabalhando no dia 07 de setembro produzindo cobertura ostensiva com capacidade próxima da máxima.

O Nome Disso é Terrorismo Sim

Em 2007 escrevemos um artigo sobre as ondas de terror praticadas por domínios armados em São Paulo e no Rio de Janeiro, intitulado “O nome disso é terrorismo”. Quatorze anos depois de sua divulgação, seu conteúdo é aqui revisitado e reescrito, uma vez que segue atual e oportuno para reflexão sobre os atentados ocorridos, esta semana, em Manaus e outras cidades do Amazonas.

Matar tem mérito e morrer tem merecimento no Brasil pandêmico de Bolsonaro

Matar tem mérito e morrer tem merecimento no Brasil pandêmico de Bolsonaro.

Faz parte da tecnologia do Estado, a fabricação de soberania sobre territórios e populações, a gestão da vida e dos seus fluxos itinerantes e translocais. Faz parte dos modos, pacíficos ou violentos, de produção de governo a administração do que é concebido, disputado e negociado como “vida” em sua pluralidade de manifestações. Faz parte das tecnologias de poder, a ambição de se produzir monopólios sobre a nomeação mesma do que é a vida e, por sua vez, a governança do seu significado, sua propriedade, sua relevância e sua serventia. Faz parte do funcionamento da máquina estatal, com tudo que esta tem de embates internos e confrontos de sentido, gerir a vida em sua diversidade e magnitude demográfica, atribuindo valor, regrando sua existência, assistindo sua reprodução, controlando seu movimento, reconhecendo sua realidade.

AS FALAS DO GOLPE

AS FALAS DO GOLPE

Avisei em entrevistas e artigos que não tinham cabo e soldado na porta do STF ou do CONGRESSO. Tem gente que fica psicografando golpe em ritual catártico. Uns blefando para parecerem mais fortes do que são. Outros, futurologizando, para espantarem fantasmas do passado e seus próprios espantalhos políticos. Outros mais, para desmoralizarem oportunidades repressivas futuras.

Tchau, querido(s): Acabou o amor militar

Tchau, querido(s): Acabou o amor militar

É parte de etiqueta do poder, entregar o cargo, a pedido ou não, com discrição “a bem do serviço público”. É normal a mudança de comandos, chefias e gabinetes em governos civis eleitos para produzir ou sustentar arranjos de governabilidade conforme as contabilidades políticas da ocasião.

Autonomia policial ou emancipação predatória?

Autonomia policial ou emancipação predatória?

Desde a minha tese de doutorado sobre a Polícia Militar, defendida 21 anos atrás, tenho insistido que o problema dos meios de força combatentes e comedidos é de governabilidade. Eles sofrem de emancipação predatória e se recusam a qualquer expressão de controle civil. Tem-se autonomia demais e controle de menos do principal poder que uma sociedade livre delega ao Estado para administrar em seu nome: o poder de polícia que dobra vontades e restringe liberdades.

A quem interessa ser profeta do caos?

A quem interessa ser profeta do caos?

A advertência de não realização de manifestações políticas, fundada no medo e na promoção do pânico social, é um atentado à democracia, uma forma de extorsão de poderes, de dirigismo monopolista das pautas plurais e das reivindicações divergentes de sujeitos que são diversos em cor, classe, renda, gênero, orientação sexual, instrução, etc. A advertência sob a forma de ameaça produz paralisia decisória de lideranças, imobilismo social e lugares resignados de fala, que seguem aprisionados nas redes sociais, na política emoticon do “estamos juntos” até o próximo bloqueio, diante da comunhão de princípios com diferença de opiniões: “você deve ir ao shopping, mas não a passeata”.

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