Avisei em entrevistas e artigos que não tinham cabo e soldado na porta do STF ou do CONGRESSO. Tem gente que fica psicografando golpe em ritual catártico. Uns blefando para parecerem mais fortes do que são. Outros, futurologizando, para espantarem fantasmas do passado e seus próprios espantalhos políticos. Outros mais, para desmoralizarem oportunidades repressivas futuras.
Porém, todos antecipados ou prospectivos, em seus discursos, colocam um golpe na centralidade. Isto acontece porque não se passou a limpo e com luz do sol a ditadura militar no Brasil e os outros golpes vividos. O falar de golpe é uma fala de trauma coletivo, a fala da insegurança e do regime do medo que ameaçam quem não foi e não seria protagonista da opressão e adverte quem, desimportante e inferiorizado, sequer viu os golpe em seu futuro serem dados.
Uma resposta
Certeira a análise da antropóloga Jacqueline Muniz. Desmistificando nossos adversários sem subestimá-los.