Se a sondagem do Jornal o Globo estiver correta com 3 a cada 10 PMs interessados em ir a manifestações, o que tende de fato a acontecer é um cenário bem diferente. Na prática tem-se 4 PMs a cada 10PMs fardados fazendo policiamento ostensivo por turno de 8 horas/dia no Estado. Isto significa que, contado as escalas de trabalho, a maior parte do efetivo estará trabalhando no dia 07 de setembro produzindo cobertura ostensiva com capacidade próxima da máxima.
Afinal, polícia ostensiva é pronto-emprego no presente e não existe estoque de polícia como se tem nas forças armadas que são formas de prontidão para um agir no futuro. Pode-se estimar, ainda, uma fração de 0,5 % dos PMs empregados no controle direto de multidão e possivelmente meio PM de folga a cada 10 PMs, que queira violar o seu mandato e se apresentar uniformizado de pinto de feira verde-amarelo em alguma manifestação.
Ah! mas só se o(a) GOVERNADOR(A) autorizar, deixar rolar. PMs em serviço ou em folga estão regidos pelo RDPM (regulamento disciplinar) que proíbe participação em manifestação política, implicando em exoneração ou anistia pelo(a) governador(a).
A arma pessoal do PM também não pode ser usada a torto e a direita, pois é registrada na PM e seu uso pode ser rastreado, servido de evidencia de insubordinação grave com perda de emprego.
A participação de PMs de folga em manifestações requer o PATROCÍNIO DE GOVERNADORES. Será a conveniência e conivência politicas do(a) governador(a) e o uso que fará de sua caneta de governante que ditarão a gestão da ordem urbana e garantia de seus fluxos, a segurança pública nos eventos de larga escala, como as manifestações previstas e, sobretudo, a possível presença de PMs atuando como agentes provocadores na folga ou de serviço.
O resto se se vê por aí é o circo político do manipulação do medo legítimo das pessoas e do agravamento intencional do temor coletivo para alterar resultados eleitorais futuros. Estão vendendo ameaças agora para oferecer proteção elitista e autoritária amanhã.
Aparelhar o medo da população e agravar o temor coletivo são práticas políticas de aves de rapina que querem roubar nossos direitos e de aves de mau agouro que se beneficiam eleitoralmente do quanto pior ficar melhor!
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