380 economistas assinam manifesto pelo fim do teto de gastos

380 economistas assinam manifesto pelo fim do teto de gastos

Por César Locatelli

“Para fazer frente aos desafios do Século 21, é preciso repensar a atuação do Estado, o que necessariamente passa por uma revisão daquilo que sabemos que já não funciona.” E revisar o que não funciona passa, especialmente, pela extinção do teto de gastos que comprime as políticas sociais de saúde, educação e assistência e os investimentos da União.

Essa é a mensagem central do documento “Teto de gastos, a âncora da estagnação brasileira e da crise social”, organizado pela ABED – Associação Brasileira de Economistas pela Democracia e que recebeu a assinatura de 380 economistas. Além da extinção do teto de gastos, o documento exige um pacto social mais harmônico e uma reforma tributária progressiva.

“A pandemia reforçou a necessidade de um pacto social mais harmônico. No Brasil, além de uma urgente reforma tributária progressiva, é imprescindível substituir o conjunto de regras fiscais atrasadas, sobrepostas e anacrônicas. Precisamos de novos instrumentos fiscais que permitam uma estabilização do ciclo econômico, viabilizem o aumento dos investimentos públicos e garantam as políticas de transferência de renda e a prestação de serviços públicos de qualidade”, afirma o manifesto

Os economistas ressaltam que, após as quedas do PIB em 2015 e2016, o teto contribuiu para o enorme desemprego e para a mais lenta recuperação na história da economia brasileira:

“Ela [a restrição fiscal] fez com que a economia brasileira apresentasse a mais lenta recuperação cíclica já registrada e a taxa de desocupação sempre acima de 11%, extremamente elevada mesmo antes da recente crise sanitária. No final de 2019, o PIB brasileiro ainda se encontrava 5,5% abaixo do valor observado em 2014, mesmo com o avanço de várias reformas econômicas, como as trabalhista e previdenciária, que segundo a cartilha liberal resultariam em maior crescimento da economia.”

Os economistas brasileiros, ressalta o documento, que defendem a manutenção, e mesmo o aprofundamento do teto de gastos, estão na contramão das políticas econômicas adotadas mundo afora:

“O ultraliberalismo brasileiro ignora o debate sobre política fiscal nos países desenvolvidos, onde a tônica tem sido a necessidade de continuar com estímulos fiscais para manter a atividade econômica, por intermédio do investimento público na descarbonização da economia, para atender a dupla necessidade de criar emprego e renda, e contribuir para o enfrentamento do grave problema ambiental e humano do aquecimento global”.

Segue a íntegra do documento:

Teto de gastos, a âncora da estagnação brasileira e da crise social

A grande recessão brasileira iniciada no primeiro trimestre de 2015 deu ensejo à construção de uma narrativa equivocada a respeito dos problemas da economia brasileira, focada quase que exclusivamente no desequilíbrio fiscal do setor público. Segundo ela, desde o início da década de 1990, o Brasil teria um desequilíbrio fiscal estrutural, caracterizado pelo crescimento excessivo dos gastos primários do setor público a um ritmo superior ao do PIB (Produto Interno Bruto).

Esse crescimento excessivo dos gastos públicos teria ensejado um aumento contínuo da carga tributária para a manutenção, a partir de 1999, de um superávit primário adequado para garantir a sustentabilidade da dívida pública no longo prazo. Ainda segundo essa narrativa, o crescimento contínuo da despesa primária e da carga tributária seria insustentável no longo prazo, de maneira que, em algum momento, um ajuste fiscal estrutural seria necessário para interromper uma suposta “morte súbita” da economia.

Ao longo dos anos de 2015 e 2016 foi sendo construído um consenso entre os economistas do mercado financeiro, a grande mídia e a maioria dos membros do Congresso Nacional a respeito da necessidade de introdução de um teto de gastos na Constituição Federal.

Não ficaram de fora desse consenso representantes diretos e indiretos dos setores produtivos que sustentavam serem também as despesas primárias de cunho social as responsáveis pela inibição das ações dos governos no apoio e fomento dos investimentos nos projetos produtivos da economia. Esse mecanismo de controle fiscal, introduzido pela Emenda Constitucional nº95, prevê o congelamento do gasto primário real da União, por um período de 20 anos, a partir de sua promulgação em 2016.

A ideia subjacente ao teto de gastos consiste em realizar um ajuste fiscal duradouro por meio da redução da despesa primária como proporção do PIB, recuperando o superávit primário estrutural do setor público e reduzindo o seu endividamento, o qual havia aumentado quase 20 p.p do PIB no período 2014-2016.

O curioso, no mínimo, é que precisamente o biênio 2015-16 caracterizou-se não pela suposta “gastança” do governo, mas pelo mergulho da economia, das receitas e pelo aumento da conta de juros já em meio à austeridade.

De todo modo, ainda durante os debates sobre a Emenda Constitucional nº95, vários economistas já haviam alertado para a insustentabilidade do teto de gastos no médio prazo. Em primeiro lugar, o congelamento da despesa primária da União em termos reais implicaria numa redução do gasto primário per capita devido ao crescimento da população brasileira a um ritmo de 0,8% a.a.

Num país com notórias deficiências nas áreas de saúde, educação, saneamento, moradia e segurança, não é uma ideia sensata perseguir essa redução. Alguma dose de prudência e bom senso apontavam para a necessidade de se permitir, ao menos, o crescimento da despesa primária no mesmo ritmo do crescimento da população brasileira.

Um segundo problema com o teto de gastos é que a maior parte das despesas primárias da União —gastos com previdência social e com os salários dos servidores públicos— afeta o conjunto dos cidadãos portadores de direitos sociais e∕ou laborais (inclusive os servidores estáveis concursados) e é imprescindível para a execução das próprias políticas públicas.

Com efeito, os gastos com a previdência social, com mais de 30 milhões de beneficiários, têm um crescimento médio de 3,5% a.a. em termos reais, refletindo o ritmo de crescimento da força de trabalho no período em que as pessoas que se aposentam a cada ano entraram no mercado de trabalho. A folha de salários dos servidores públicos da União, incluindo civis, militares e inativos, por seu lado, tem oscilado em torno de 4,3% do PIB nos últimos 20 anos, não é explosiva, não cresce automaticamente —pois não há data base no serviço público—, e tampouco pode ser reduzida abruptamente ao sabor do ciclo político sem ferir a Constituição e desorganizar a prestação de serviços à população.

Nesse contexto, até o momento, as variáveis de ajuste de curto prazo foram as políticas sociais de educação, saúde e assistência e os investimentos da União, notadamente os investimentos em infraestrutura, necessários para aumentar a produtividade média da economia brasileira e a competitividade das empresas brasileiras nos mercados doméstico e internacional.

Não por acaso, a introdução de uma restrição fiscal exógena e autoimposta, que não decorre da incapacidade de financiamento do governo, coincidiu, passada a crise de 2015-2016, com um ritmo de crescimento de apenas 1,2% a.a no período 2017-2019, valor 57% inferior ao observado entre 1980-2014.

Ela fez com que a economia brasileira apresentasse a mais lenta recuperação cíclica já registrada e a taxa de desocupação sempre acima de 11%, extremamente elevada mesmo antes da recente crise sanitária. No final de 2019, o PIB brasileiro ainda se encontrava 5,5% abaixo do valor observado em 2014, mesmo com o avanço de várias reformas econômicas, como as trabalhista e previdenciária, que segundo a cartilha liberal resultariam em maior crescimento da economia.

A eclosão da pandemia do coronavírus em 2020 exigiu a adoção do mais amplo programa de transferência de renda da história do país a fim de evitar o colapso econômico e social. Em função desse dispêndio absolutamente necessário, a União deverá apresentar déficit primário inédito e um aumento expressivo da relação dívida pública/PIB, a qual deverá ultrapassar os 90% ainda neste ano.

O aumento da dívida pública como proporção do PIB tem levado os arautos do austericídio fiscal a propor o regresso do governo à trajetória de cortes de gasto já em 2021, defendendo a PEC 186 (Emergencial) —que aciona o gatilho de redução de até 25% das horas trabalhadas dos servidores federais com correspondente redução nos vencimentos—, a desvinculação de recursos da saúde e educação, ou mesmo nova rodada de reforma previdenciária.

Dessa forma, o ultraliberalismo brasileiro ignora o debate sobre política fiscal nos países desenvolvidos, onde a tônica tem sido a necessidade de continuar com estímulos fiscais para manter a atividade econômica, por intermédio do investimento público na descarbonização da economia, para atender a dupla necessidade de criar emprego e renda, e contribuir para o enfrentamento do grave problema ambiental e humano do aquecimento global.

O argumento de que o controle da dívida pública a fórceps levará a uma percepção favorável dos investidores externos é falacioso, e mesmo impatriótico, pois não se sustenta em qualquer base teórica e muito menos comprovação histórica.

Esquecem-se os defensores dessa suposta alternativa que o mundo inteiro estará, nos próximos anos, às voltas com a recuperação das economias nacionais. O fator primordial que sustenta expectativas favoráveis e ânimo para investimentos privados em um país alicerça-se em políticas públicas eficazes que respeitam compromissos ambientais assumidos e que buscam construir uma ambiência institucional estável e social mais justa.

O retorno da austeridade fiscal em 2021, propugnado sem constrangimentos pelo mercado financeiro, significará a maior contração fiscal da história do Brasil, pois promoverá uma redução no gasto primário como proporção do PIB de 27% para 19% num período de 12 meses. Tal contração fiscal, no contexto de uma economia com enormes níveis de ociosidade, com um PIB ao final deste ano pelo menos 10% inferior ao registrado em 2013, levará a um novo mergulho recessivo com aumento da desigualdade na distribuição de renda, com consequências sociais —e econômicas— imprevisíveis. A proposta de “furar o piso”, com redução da carga horária dos servidores, ademais, comprometerá ainda mais a prestação de serviços públicos de saúde, educação, etc. para a parcela da população brasileira mais atingida pelos efeitos da pandemia.

Deve-se deixar claro que o aumento do endividamento público é um fenômeno global, não apenas restrito ao Brasil, e que não existe evidência na literatura econômica nem na experiência internacional sobre a existência de um limite máximo para a relação dívida pública/PIB. Com efeito, países como a Itália e a Espanha, que não possuem dívida pública denominada na sua própria moeda, deverão ultrapassar, respectivamente, a marca de 150% e 120% do PIB para o endividamento público em 2020.

O Brasil possui uma grande vantagem com respeito a esses países, pois quase 100% da dívida pública brasileira é denominada em moeda nacional e é retida principalmente por residentes no Brasil. Um cenário de fuga de capital, por medo de uma eventual crise de confiança na sustentabilidade da dívida pública, é altamente improvável em nosso país, senão impossível. E mesmo que ocorresse, o Banco Central do Brasil possui os instrumentos necessários para lidar com essa eventualidade.

Isso posto, os economistas e profissionais que trabalham com economia abaixo assinados vem por meio desta se manifestar publicamente pela extinção da Emenda Constitucional nº95, dada a necessidade de se retirar as restrições autoimpostas aos gastos de investimento e demais despesas obrigatórias da União pelo teto de gastos.

A pandemia reforçou a necessidade de um pacto social mais harmônico. No Brasil, além de uma urgente reforma tributária progressiva, é imprescindível substituir o conjunto de regras fiscais atrasadas, sobrepostas e anacrônicas. Precisamos de novos instrumentos fiscais que permitam uma estabilização do ciclo econômico, viabilizem o aumento dos investimentos públicos e garantam as políticas de transferência de renda e a prestação de serviços públicos de qualidade.

Esses são elementos centrais à reorganização econômica e social do Estado, para que este possa atuar em benefício da grande maioria da população brasileira. Para fazer frente aos desafios do Século 21, é preciso repensar a atuação do Estado, o que necessariamente passa por uma revisão daquilo que sabemos que já não funciona.

Assinam o documento:

  1. Ademir Figueiredo
  2. Adhemar S. Mineiro
  3. Adilson Soares
  4. Adriana Amado
  5. Adriana Marques da Cunha
  6. Adriano Vilela Sampaio
  7. Adroaldo Quintela Santos
  8. Agnaldo Quintela dos Santos
  9. Alan Hercovici
  10. Alex Palludeto
  11. Alex Rabelo Machado
  12. Alexandre Favaro Lucchesi
  13. Alexandre R. Motta
  14. Aline Souza Magalhães
  15. Ana Carla Magni
  16. Ana Carolina Wanderley Beltrão
  17. Ana Cláudia Arruda
  18. Ana Cristina Cerqueira
  19. Ana Georgina da Silva Dias
  20. Ana Lucia Carvalho Santos
  21. Ana Lúcia de Miranda Costa
  22. Ana Rosa Ribeiro de Mendonça
  23. Anderson Henrique dos Santos Araújo
  24. André Biancarelli
  25. André Amaral de Araújo
  26. André Calixtre
  27. André de Queiroz Faria
  28. André L. Scherer
  29. André Luis Campedelli
  30. André Luiz de Miranda Martins
  31. André Nassif
  32. André Paiva Ramos
  33. André Roncaglia
  34. Andréa Costa Magnavita
  35. Andrea Rodrigues Ferro
  36. Ângela Medrado Brasileiro
  37. Antonio Carlos de Moraes
  38. Antonio Carlos Filgueira Galvão
  39. Antonio Corrêa de Lacerda
  40. Antonio Jose Alves Junior
  41. Antonio Lassance
  42. Antonio Melki Jr.
  43. Antônio Negromonte Júnior
  44. Antônio Rosevaldo Ferreira da Silva
  45. Áquilas Mendes
  46. Aristides Monteiro Neto
  47. Artur Ortiz de Araújo
  48. Bárbara Cecilia M. F. De Souza
  49. Bárbara Vallejos Vazquez
  50. Beatriz Freire Bertasso
  51. Bernardo Karam
  52. Betty Nogueira Rocha
  53. Bráulio Santiago Cerqueira
  54. Bruno Andrade
  55. Bruno de Araújo Andrade
  56. Bruno Farias Stern
  57. Bruno Leonardo Barth Sobral
  58. Bruno Moretti
  59. Bruno Setton
  60. Camila Ugino
  61. Camilo Bassi
  62. Caren Freitas
  63. Carlos Álvares da Silva Campos Neto
  64. Carlos Cabral
  65. Carlos Eduardo de Freitas
  66. Carlos Eduardo Fernandez da Silveira
  67. Carlos Pinkusfeld Bastos
  68. Carmem Feijo
  69. Carmen Garcia
  70. Carmen Lúcia Castro Lima
  71. Célia Vieira
  72. César Roberto de Leite da Silva
  73. Cezar Augusto Miranda Guedes
  74. Christian Velloso Kuhn
  75. Christiane Senhorinha Soares Campos
  76. Cícero Péricles de Carvalho
  77. Cid Olival Feitosa
  78. Claudemir Galvani
  79. Claudia Hamasaki
  80. Claudia Beatriz Le Cocq D’Oliveira
  81. Claudio Amitrano
  82. Cláudio Antônio de Almeida
  83. Cláudio da Costa Manso
  84. Clovis Roberto Scherer
  85. Cristiane Kerches da Silva Leite
  86. Cristina Lemos
  87. Daniel dos Santos
  88. Daniel Negreiros Conceição
  89. Daniel Negreiros Conceição
  90. Daniela Freddo
  91. Daniela Salomão Gorayeb
  92. Danilo Severian
  93. Danilo Spinola
  94. David Deccache
  95. Davyson Demmer Guimarães Barbosa
  96. Débora Freire Cardoso
  97. Denise Guichard Freire
  98. Denise Lobato Gentil
  99. Diego Farias de Oliveira
  100. Dilson Renan de Souza
  101. Dimas Alcides Gonçalves
  102. Diogo Vieira Mazeron
  103. Dione Conceição de Oliveira
  104. Douglas Santos Nascimento
  105. Édrio Donizetti
  106. Edson Domingues
  107. Edson Rodrigues
  108. Eduardo Baumgratz Viotti
  109. Eduardo Costa Pinto
  110. Eduardo Fagnani
  111. Eduardo Luiz de Mendonça
  112. Eduardo Moreira Garcia
  113. Eduardo Rodrigues da Silva
  114. Eduardo Silva Ramos
  115. Eliane Araújo
  116. Elias Jabbour
  117. Elisangela Luiza Araújo
  118. Elmer Nascimento Matos
  119. Emanuel Lucas de Barros
  120. Emílio Chernavsky
  121. Enildo Meira
  122. Eron José Maranho
  123. Esther Bemerguy
  124. Esther Dweck
  125. Eurílio Pereira Santos Filho
  126. Euriques Fernandes Carneiro
  127. Eustáquio José Reis
  128. Evilásio Salvador
  129. Fabiano Abranches Silva Dalto
  130. Fabiano Camargo da Silva
  131. Fábio Di Natale Guimarães
  132. Fábio Eduardo Iaderozza
  133. Fábio Guedes Gomes
  134. Fábio Terra
  135. Fabrício Missio
  136. Fátima de Lourdes Aragão de Carvalho
  137. Fernanda Cardoso
  138. Fernanda Esperidião
  139. Fernanda Feil
  140. Fernanda Serralha
  141. Fernando Ferrari Filho
  142. Fernando Moutinho Ramalho Bittencourt
  143. Fernando Pacheco Dias
  144. Fernando Pedrão
  145. Fernando Sarti
  146. Flávia Vinhaes
  147. Flávio Cruvinel Brandão
  148. Flávio José Domingos
  149. Flávio mesquita Saraiva
  150. Flávio Tavares de Lyra
  151. Francisco Carneiro De Filippo
  152. Francisco José Couceiro de Oliveira
  153. Francisco Wagner Alves Rodrigues
  154. Francyelle do Nascimento Santos
  155. Frederico Gonzaga Jayme junior
  156. Frednan Bezerra dos Santos
  157. Gabriel Squeff
  158. Gelton Pinto Coelho Filho
  159. Gilberto Líbanio
  160. Gina G. Paladino
  161. Glaucia Campregher
  162. Glaudionor Gomes Barbosa
  163. Guilherme Carneiro Leão de Albuquerque Lopes
  164. Guilherme da Costa Delgado
  165. Guilherme Magacho
  166. Guilherme Maia Rebouças
  167. Guilherme Narciso de Lacerda
  168. Guilherme Santos Mello
  169. Gustavo Falcão
  170. Gustavo Machado Cavarzan
  171. Gustavo Souza Noronha
  172. Helena Maria Martins Lastres
  173. Hélio Mairata
  174. Hugo Carcanholo Iasco Pereira
  175. Hugo da Gama Cerqueira
  176. Inês Patrício
  177. Ingo Luger
  178. Ismeralda Barreto
  179. Jaderson Goulart Junior
  180. Jales Costa
  181. Jamile Souzza
  182. Janice Câmara
  183. Janúzia Souza Mendes
  184. Jarpa Aramis Ventura de Andrade
  185. Jason Tadeu Borba
  186. Jennifer Hermann
  187. João Carlos Nery de Brito
  188. João Hallak Neto
  189. João Ildebrando Bocchi
  190. João Machado Borges Neto
  191. João Santiago
  192. Joaquim Andrade
  193. Jorge Abrahão de Castro
  194. Jorge Alano S Garagorry
  195. Jorge Felix
  196. José Antônio Lutterbach Soares
  197. José Augusto Costa Lopes
  198. José Carlos Peliano
  199. José Celso Cardoso Jr.
  200. José de Ribamar Sá Silva
  201. José Eduardo Roselino
  202. Jose Farias Gomes Filho
  203. José Gabriel Porcile Meirelles
  204. José Geraldo França Diniz
  205. José Luis Oreiro
  206. José Luiz Fevereiro
  207. José Márcio Rego
  208. José Mauro Gomes
  209. José Moraes Neto
  210. José Pascoal Vaz
  211. José Raimundo Barreto Trindade
  212. José Rubens Damas Garlipp
  213. José Sérgio Gabrielli de Azevedo
  214. José Tavares Bezerra Júnior
  215. José Valdecy Guimarães Júnior
  216. Juan Pablo Painceira
  217. Juarez V. Pont
  218. Julia Braga
  219. Júlia Marinho Rodrigues
  220. Juliana de Paula Filleti
  221. Juliana Pinto de Moura Cajueiro
  222. Júlio Batista
  223. Júlio Fernando Costa Santos
  224. Julio Manuel Pires
  225. Jurandir Santos de Novaes
  226. Kalinka Martins
  227. Ladislau Dowbor
  228. Lafaiete Neves
  229. Laudeny Fábio Barbosa Leão
  230. Lauro Mattei
  231. Lavínia Maria de Moura Ferreira
  232. Lena Lavinas
  233. Liana Carleial
  234. Lícia Maria França Cardoso
  235. Licio da Costa Raimundo
  236. Lourival Batista de Oliveira Júnior
  237. Luciano Dias de Carvalho
  238. Luciano Manarin Dagostini
  239. Luciano Pereira da Silva
  240. Luís Carlos Garcia de Magalhães
  241. Luis Gustavo Martins
  242. Luís Otávio Reiff
  243. Luiz Antônio Elias
  244. Luiz Fenelon Pimentel Barbosa
  245. Luiz Fernando de Paula
  246. Luiz Filgueiras
  247. Luiz Gonzaga Belluzzo
  248. Luiz Gustavo de Oliveira da Silva
  249. Luiz Martins de Melo
  250. Magda Barros Biavaschi
  251. Manuel Ramon Souza Luz
  252. Marcel Guedes Leite
  253. Marcelo Álvares de Lima Depieri
  254. Marcelo Manzano
  255. Marcelo Miterhof
  256. Marcelo Pereira Fernandes
  257. Marcelo W Proni
  258. Márcia Flaire Pedroza
  259. Marcio Pochmann
  260. Marco Crocco
  261. Marco Flávio Resende
  262. Marcus Maia Antunes
  263. Margarida Baptista
  264. Maria Angélica Borges Bocchi
  265. Maria Aparecida de Paula Rago
  266. Maria Carolina Capistrano
  267. Maria Christina Cunha de Carvalho
  268. Maria Cristina de Araújo
  269. Maria Cristina Mascarenhas
  270. Maria das Graças B. de Carvalho
  271. Maria de Lourdes Rollemberg Mollo
  272. Maria Fernanda Cardoso de Melo
  273. Maria Luiza Falcão Silva
  274. Maria Luiza Levi
  275. Maria Luiza M. S. Marques Dias
  276. Mariano Matos Macedo
  277. Mariel Liberato Schwartz
  278. Mário Jackson Siqueira Bayma Filho
  279. Mário Rodoarte
  280. Mário Theodoro
  281. Marta Castilho
  282. Marta Skinner
  283. Martha Cassiolato
  284. Maurício Borges Lemos
  285. Maurilio Procópio Gomes
  286. Mauro Osório
  287. Mauro Patrão
  288. Max Leno de Almeida
  289. Miguel Huertas Neto
  290. Mirian Beatriz Schneider
  291. Mônica Beraldo Fabrício
  292. Monica Landi
  293. Nathalie Beghin
  294. Nelma Souza Tavares
  295. Nelson de Chueri Karam
  296. Nelson Nei Granato Neto
  297. Nelson Victor Le Cocq
  298. Nicia Moreira da Silva Santos
  299. Norma Cristina Brasil Casseb
  300. Odilon Guedes
  301. Orlando Ramos Moreira
  302. Pablo SergIo Mereles Ruiz Diaz
  303. Patrícia Cunha
  304. Paulo César Machado Feitosa
  305. Paulo Dantas
  306. Paulo Gil Holck Introini
  307. Paulo Kliass
  308. Paulo Ricardo S Oliveira
  309. Paulo Roberto Bretas
  310. Paulo Sérgio Fracalanza
  311. Pedro Garrido
  312. Pedro Miranda
  313. Pedro Noblat
  314. Pedro Paulo Branco
  315. Pedro Paulo Pettersen
  316. Pedro Paulo Zahluth Bastos
  317. Rafael Quevedo do Amaral
  318. Rafael Ribeiro
  319. Ramón García Fernández
  320. Ranieri Muricy Barreto
  321. Raphael Bicudo
  322. Raul Ristow Krauser
  323. Regina Maria d’Aquino Fonseca Gadelha
  324. Reginaldo Muniz Barreto
  325. Reinaldo Campos
  326. Renata Lins
  327. Ricardo Carlos Gaspar
  328. Ricardo Carneiro
  329. Ricardo de Melo Tamashiro
  330. Ricardo Karam
  331. Ricardo Lacerda
  332. Ricardo Lobato Torres
  333. Roberto Boccacio Piscitelli
  334. Roberto Conceição dos Santos
  335. Roberto Resende Simiqueli
  336. Rodolfo Guimarães Regueira da Silva
  337. Rodolfo Viana
  338. Rodrigo Romeiro
  339. Rodrigo Vilela Rodrigues
  340. Rômulo Batista Sales
  341. Ronaldo Coutinho Garcia
  342. Rosa Maria Vieira
  343. Rosa Maria Marques
  344. Rosana do Carmo Ñ Guiducci
  345. Rosângela Ballini
  346. Roseli Faria
  347. Rubens Sawaya
  348. Samy Kopit
  349. Sandro Silva
  350. Sarah Regina Nascimento Pessoa
  351. Sérgio Fornazier
  352. Sérgio Guimarães Hardy
  353. Sérgio Mendonça
  354. Sérgio Roberto Rodrigues
  355. Sidneia Reis Cardoso
  356. Sílvio Humberto Cunha
  357. Simone Deos
  358. Sólon Venâncio de Carvalho
  359. Tania Bacelar
  360. Tânia Cristina Teixeira
  361. Tereza Pozzeti
  362. Thiago de Moraes Moreira
  363. Thiago Rabelo Pereira
  364. Thiago Varanda Barbosa
  365. Thiago Xavier
  366. Tiago Couto Porto
  367. Tiago Oliveira
  368. Ubajara Berocan Leite
  369. Valcir Santos
  370. Valdeci Monteiro
  371. Valéria Moraes
  372. Valéria Rezende de Oliveira
  373. Vanessa Petrelli Corrêa
  374. Vânia Souza
  375. Verlane Aragão Santos
  376. Victor Emmanuel Feitosa Hortencio
  377. Victor Leonardo Figueiredo Carvalho de Araujo
  378. Virgínia Oliveira
  379. Vitor Hugo Tonin
  380. Vítor Lopes de Souza Alves
  381. Viviane Freitas Santos
  382. Volnandy de Aragão Brito
  383. Walbert Ribeiro Moreira Júnior
  384. Weslley Cantelmo.
  385. Wilnês Henrique

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